Primeira fase do acordo entre EUA e China foi firmada em Washington
O mercado está atento, mas pode se frustrar caso o acordo não seja aperfeiçoado
Nesta quarta-feira, 15, chegou ao fim a guerra comercial entre EUA e China, que já durava 18 meses, estabelecendo uma nova era nas relações sino-americanas. Para fechar o acordo, o Vice-Primeiro-Ministro da China, Liu He, desembarcou no EUA na última segunda-feira.
Políticas de importação
A primeira fase assinada em Washington estabelece novas políticas de importação e exportação entre os países. Durante as negociações, o dólar registrou uma queda de 0,28%, chegando a ser vendido a R$ 4,1296. Além disso, a Bolsa de Valores brasileira chegou a operar aos 117.632 pontos, uma alta de 0,26%, que após a cerimônia de assinatura deu espaço para uma baixa de 1,06%, operando aos 116.387,62 pontos.
Expectativas
Quem comenta os impactos do acordo nas moedas é o Diretor de Câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo. De acordo com Bergallo, a expectativa acerca pacto, que já vem há algum tempo, ficou abalada após comentários do Secretário do Tesouro Americano, Steven Mnuchin, dizendo que algumas tarifas poderiam continuar e a negociação deveria seguir para uma segunda fase, o que não se manteve.
“Havia uma expectativa muito grande há muito tempo sobre o acordo, o mercado deu uma estressada por conta dos comentários do Secretário do Tesouro dos EUA, que disse que algumas tarifas deveriam persistir”. Bergallo pontua que, mesmo com a assinatura, ainda ficam dúvidas sobre o que deve permanecer em aberto. “O questionamento que fica agora na conclusão desta primeira fase, é o que será de fato resolvido e o que continuará em aberto”, afirma.
Mercado financeiro atento
O Diretor de Câmbio afirma que o mercado está atento, mas pode se frustrar caso o acordo não seja aperfeiçoado. “O mercado está monitorando este acordo e pode se frustrar caso não comtemple um número tão grande de tarifas a serem revogadas”.
Apesar de o acordo gerar um pequeno superávit para os EUA na exportação, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não justificou as diferenças que levaram o governo estadunidense a iniciar a guerra comercial. Bergallo explica que algumas políticas como a demanda menor no primeiro mês de acordo devem equilibrar as coisas sem pesar tanto para um lado só. “Olha, vale ressaltar que as políticas adotadas visam um equilíbrio”, finaliza.