Indústrias investem em embalagens inteligentes para reduzir custos

Novas caixas de madeira e papelão são montadas por encaixe, dispensam pregos e podem ser rastreadas

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A empresa Reciclapac desenvolveu uma metodologia de reutilização de embalagens de madeira e papelão em alta escala, que consiste na montagem de caixas e cavaletes como se fossem “Legos”, ao invés de utilizar pregos e parafusos para vedá-las e pés de cabra para abri-las. A iniciativa tem como objetivo oferecer às indústrias uma alternativa para reduzir custos e o impacto ambiental gerado pelo descarte destes materiais.

A nova técnica de montagem é conhecida como upcycling e em um ano, já rendeu economia de R$ 1 milhão e redução de 70% de resíduos para a fabricante de motores diesel, MWM, que acolheu os primeiros testes na fase um. “A empresa importava insumo de fornecedores europeus, descartava as embalagens e utilizava outras novas para enviar as peças para o centro de distribuição em Jundiaí-SP. Depois disso, as descartavam e compravam novas embalagens para o envio aos clientes” explica Rogério Machado, CEO da Reciclapac.

Já na segunda fase, aprovada em março deste ano, foi  incorporada a tecnologia que permite rastreamento. “Utilizamos dispositivo eletrônico que se comunica por meio de sistema desenvolvido pela Reciclapac, que envolve redes e tecnologia de internet das coisas (IoT)”, elucida Machado. Além da localização da embalagem, a plataforma também oferece informações sobre o tempo de trânsito entre a fábrica e o fornecedor, tempo de permanência na fábrica, entre outras coisas.

O teste de conceito foi realizado na General Motors do Brasil, mas outras empresas também aderiram como a montadora Nissan, a Case New Holland, fabricante de veículos pesados, e a Cebrace, produtora de vidros planos, que entrega suas peças em cavaletes.

Rogério Machado acrescenta: “nosso objetivo é utilizar conceitos da indústria 4.0 para fazer com que os racks se comuniquem com os integrantes da cadeia produtiva, dando visibilidade em tempo real da localização e fluxo de embalagens e produtos. Nos primeiros PIPEs, o foco era a logística. Agora, o foco será a manufatura, a embalagem conversando com o robô.”

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