O Hospital Araújo Jorge deve passar por ampliação

O Hospital Araújo Jorge, o maior centro de alta complexidade em oncologia do Centro-Oeste, deve ser ampliado e receber um investimento de R$466 milhões

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A ampliação deve acontecer em etapas e sem interromper os atendimentos médicos. O projeto prevê a construção de novas instalações físicas e aquisição de equipamentos de última geração, já que a falta de espaço físico impede que novos equipamentos, como um aparelho de ressonância magnética, sejam instalados na unidade.

Os setores que devem ser beneficiados, inicialmente,  são os de quimioterapia e de radioterapia. Na radioterapia, os aceleradores usados atualmente funcionam de segunda a sexta-feira, das sete da manhã às 2 horas da madrugada. Com a ampliação, quatro aceleradores mais modernos vão garantir a agilidade e eficácia no tratamento.

A ala pediátrica, que hoje possui 13 leitos, com a reforma deve passar a ter 36, uma UTI e mais poltronas para aplicação de quimioterapia. Além disso, há previsão de que um estacionamento seja construído em uma área de mais de 6 mil metros quadrados, com vagas para ônibus, ambulâncias, carros de apoio e veículos do público em geral.

De acordo com o presidente da Associação de Combate ao Câncer de Goiás, Jales Benevides, ainda não há uma data para o início das obras. No entanto, ele acredita que em janeiro de 2026, quando a associação vai completar 70 anos, a população já vai conseguir ter ideia do projeto de ampliação. A previsão é de que o hospital ganhe o dobro da área que possui atualmente. O prédio deve ser ampliado de maneira vertical.

O presidente ainda explica que como não há dinheiro em caixa, tem ido à Brasília em busca de apoios. Este ano ele já conversou com todos os senadores e deputados federais goianos para apresentar e argumentar sobre a importância da expansão. Nesta terça-feira, inclusive, ele se reuniu com o senador Vanderlan Cardoso, para entregar o projeto.

Em 2022 mais de 11 mil procedimentos cirúrgicos de alta e média complexidades foram realizados na unidade, que atualmente possui apenas dez leitos de UTI. Por mês, são cerca de dois mil atendimentos. O maior montante de recursos que mantém o funcionamento do hospital é do SUS, o Sistema único de saúde.

Apenas 4% dos atendimentos são feitos por meio de convênios com planos de saúde e 3% são privados, o que não garante a manutenção financeira. Jales Benevides ainda ressalta que conta não só com emendas parlamentares, mas também com doações da sociedade, que tem sido responsável nos últimos por reformas de alguns setores.

Por: Andressa Vasconcellos.

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