O indicador de recuperação de crédito – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base da Boa Vista – registrou queda de 1,5% em agosto contra julho, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com agosto do ano passado, houve diminuição de 0,8%, de forma que, no ano, o indicador acumula queda de 5,5%.
Proporção regional
Em termos regionais, o acumulado do ano apresenta alta apenas na região Norte (1%). Em sentido oposto, na região Sul foi registrada a maior redução (-11,5%), seguida do Sudeste (-5,1%), Centro-Oeste (-4,4%) e Nordeste (-3,3%). Na comparação mensal, contudo, todas as regiões apresentaram queda em agosto.
Se, por um lado, o indicador de inadimplência vem apresentando queda em 12 meses, sugerindo que boa parte dos consumidores ainda estão conseguindo manter em dia o pagamento de novas dívidas, por outro lado, o indicador de recuperação também segue em queda nesta base de comparação (-3,4% em agosto), sinalizando dificuldade dos consumidores com dívidas em atraso de reequilibrarem a sua situação financeira e saírem do cadastro de inadimplentes. Entre os principais fatores por trás desta dificuldade, é possível apontar os elevados níveis de desocupação e subutilização da mão de obra e o fraco crescimento da renda.
Após alta em julho, o indicador voltou a recuar em agosto, sinalizando que ainda não há indícios de melhora na recuperação de crédito, o que pode ser confirmado com a continuidade da trajetória de queda no acumulado em 12 meses.
A liberação dos recursos do FGTS, assim, é uma boa notícia para o indicador de recuperação, já que pode aliviar a situação financeira de muitos consumidores inadimplentes.
Fonte: Boa Vista