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XP/Ipespe divulga primeira pesquisa sobre o cenário político nacional de 2021

1.000 foram ouvidas em todo o país entre os dias 11 e 14 de janeiro

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A rodada de janeiro da pesquisa XP/Ipespe mostra que subiu de 35% para 40% a parcela da população que considera ruim ou péssimo o governo de Jair Bolsonaro, percentual semelhante ao do início da pandemia de coronavírus, em abril de 2020.

Na outra ponta, os que veem a gestão como ótima ou boa passaram de 38% para 32%. É a primeira vez, desde maio do ano passado, em que há aumento no percentual dos críticos ao governo e redução no de apoiadores. É também a primeira vez, desde julho, em que a avaliação negativa supera a positiva.

O movimento coincide com uma piora na percepção da atuação de Bolsonaro para enfrentar o coronavírus. São 52% os que a consideram ruim ou péssima, 4 pontos a mais que em dezembro.

De acordo com o cientista político e empresário Antonio Lavareda, presidente do conselho científico do Ipespe, que acompanha campanhas eleitorais desde a redemocratização brasileira,  é sempre importante examinar a diferença pró Bolsonaro na amostra maior que a do TSE e mais próxima ao limite aceitável  da diferença. “Quanto às posições políticas dos entrevistados, não é por acaso que todas as pesquisas políticas americanas e europeias incluem e divulgam os dados dessa variável”, completa. 

“Lembrando que uma amostra por cotas – como todas as pesquisas publicadas – pode ser representativa das características demográficas do eleitorado porém tendo desvios significativos. Bolsonaro lidera no primeiro turno mas teria 2o turno muito disputado. Nele, só teria distância confortável contra Boulos(+13 ptos). Registrando-se empate técnico contra 4 possíveis adversários. Atrás de Moro(-3 ); e à frente de Ciro(+3); Huck(+4); e Haddad (+5).  A pesquisa XP/Ipespe é das poucas divulgadas com amostra controlada pelo voto de 2018.” conclui Lavareda.

A avaliação dos governadores, por sua vez, oscilou 1 p.p. para baixo no mês tanto no ótimo e bom, para 35%, quanto no ruim e péssimo (25%).

A avaliação regular passou de 35% para 38%. Destaque para a melhora gradual, mas contínua, dos governadores da região sudeste, cuja aprovação passou de 23% em agosto para 32% agora.

Foram realizadas 1.000 entrevistas com abrangência nacional, no período de 11 a 14 de janeiro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Os entrevistados foram questionados sobre a disposição de se vacinar: 69% dizem que tomarão a vacina com certeza. Entretanto, entre os eleitores declarados de Bolsonaro em 2018, 58% afirmaram que irão se vacinar com certeza, enquanto 78% dos demais eleitores declararam tal intenção, uma diferença de 20 p.p.

Ainda em relação à pandemia, mantém-se em trajetória de alta desde outubro os que dizem estar com muito medo do coronavírus – são 42% em janeiro, ante 28% há três meses. Hoje, 56% acreditam que o pior ainda está por vir, contra 36% que dizem que o pior já passou.

Cresceu também o percentual que diz ter intensificado o isolamento, saindo menos de casa do que nas últimas duas semanas: são 27% nessa condição, ante 21% na pesquisa de dezembro.

Em relação ao auxílio emergencial pago pelo governo até dezembro, 50% defendem que o governo recrie um benefício semelhante por mais alguns meses, embora apenas 27% digam acreditar que o governo tomará essa decisão – outros 47% acreditam que o governo não patrocinará uma nova rodada do pagamento.

ELEIÇÕES

A rodada de janeiro da pesquisa mostra ainda que Jair Bolsonaro segue à frente na disputa presidencial de 2022. Ele oscilou um ponto para baixo e atinge 28% das intenções de voto, à frente de Sergio Moro (12%), Ciro Gomes (11%) e Fernando Haddad (11%).

Atrás deles, aparecem Luciano Huck (7%), Guilherme Boulos (5%), João Doria (4%), João Amoêdo (3%) e Luiz Mandetta (3%).

Na pesquisa espontânea, quando não há apresentação de candidatos, Bolsonaro se mantém na liderança com 22% — ele tinha 24% no mês passado.

De maneira pulverizada, a menção a outros candidatos passou de 15% em dezembro para 19% em janeiro.

Jair Bolsonaro, que vencia numericamente Moro no segundo turno no levantamento anterior por 36% a 34%, agora foi ultrapassado numericamente pelo ex-ministro, que bateria o atual presidente por 36% a 33%.

Bolsonaro vence numericamente em todos os outros cenários de segundo turno em que é testado. Bate Haddad por 42% a 37%, Ciro Gomes por 40% a 37%, Boulos por 44% a 31% e Huck por 38% a 34%.

LINK PARA A PESQUISA COMPLETA: Pesquisa XP_ 2021_01.pdf

FONTE: XP/Ipespe 

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