Biden anuncia cúpula sobre democracia com líderes mundiais

Os participantes discutirão 'os desafios que a democracia enfrenta para fortalecer coletivamente as bases para a renovação democrática', com foco contra o autoritarismo e na defesa do combate à corrupção e à promoção do respeito aos direitos humanos.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou no dia 11 desse mês de agosto uma cúpula virtual sobre a democracia com outros líderes mundiais entre 9 e 10 de dezembro.

A cúpula também incluirá representantes da “sociedade civil, filantropia e setor privado”, que farão compromissos para um ano de ação, com uma sessão presencial de acompanhamento um ano depois, informou em nota.

“O desafio do nosso tempo é demonstrar que as democracias podem conseguir resultados, melhorando a vida de seu próprio povo e abordando os maiores problemas que o mundo enfrenta”, disse a Casa Branca.

 

Os participantes discutirão “os desafios que a democracia enfrenta para fortalecer coletivamente as bases para a renovação democrática”, com foco contra o autoritarismo e na defesa do combate à corrupção e à promoção do respeito aos direitos humanos.

O democrata Biden está embalado pela aprovação de um projeto de infraestrutura trilionário com apoio de 19 senadores republicanos, dizendo que o esforço bipartidário mostra que os Estados Unidos podem enfrentar grandes questões juntos e competir com países como a China, que tem uma sistema político divergente.

Democracia nos EUA

 

Fachada do Capitólio dos EUA, sede do Congresso americano, em 11 de fevereiro de 2021 — Foto: Erin Scott/Reuters
Fachada do Capitólio dos EUA, sede do Congresso americano, em 11 de fevereiro de 2021 — Foto: Erin Scott/Reuters

Um recorde de 155 milhões de norte-americanos votaram na eleição de novembro de 2020, quando Biden ganhou por mais de 7 milhões de votos e números folgados no Colégio Eleitoral.

Múltiplos tribunais, autoridades eleitorais estaduais e o próprio governo de Donald Trump rejeitaram as falsas alegações de fraude eleitoral, mas o então presidente e seus apoiadores persistiram em promover teorias de conspiração infundadas, com seus apoiadores realizando um ataque mortal em 6 de janeiro no Capitólio de Washington.

Foto de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio dos EUA, mostra policiais conversando com apoiadores do então presidente americano, Donald Trump, incluindo Jacob Chansley (à direita), do lado de fora do plenário do Senado — Foto: Manuel Balce Ceneta/AP
Foto de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio dos EUA, mostra policiais conversando com apoiadores do então presidente americano, Donald Trump, incluindo Jacob Chansley (à direita), do lado de fora do plenário do Senado — Foto: Manuel Balce Ceneta/AP

As democracias ocidentais foram cautelosas com os Estados Unidos sob Trump, que rompeu alianças tradicionais e elogiou laços mais fortes com a Rússia e a China. Outras nações democráticas também viram seus sistemas se desgastarem.

Mesmo nos EUA, Biden e seus companheiros democratas precisam lutar pelos direitos de voto que, segundo os defensores, foram enfraquecidos por uma série de golpes desde que foram instituídos durante a era dos direitos civis na década de 1960, incluindo duas importantes decisões da Suprema Corte e novos esforços em Legislaturas estaduais controladas pelos republicanos.

Os republicanos têm barrado uma legislação proposta no Congresso, argumentando que daria ao governo federal muito controle nas eleições locais.

Fonte: G1

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